Católicos, evangélicos, espíritas e budistas estão na lista que aceitam o procedimento
O ritual de despedida a um ente querido ou a um amigo é sempre muito doloroso. Junto à 'perda' há decisões a serem tomadas e toda a parte burocrática .
Em suma, a maioria das religiões não proíbe a cremação do corpo. O Hinduísmo, por exemplo, é a religião mais favorável à prática, já que acredita que o fogo é purificador. Adventistas, budistas, Christian Science, Hare Krishnas (Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna), católicos, evangélicos, espíritas e umbandistas também permitem a opção, às vezes, com algumas ressalvas, como esperar 72 horas para o ritual, e onde as cinzas devem descansar.
Vale ressaltar que, grupos mais tradicionais, que seguem veemente as escrituras do velho testamento, por exemplo, preferem optar pelo sepultamento, já que é o método relatado. No entanto, após a pandemia pelo Covid-19, algumas religiões, como a Congregação Cristã do Brasil, têm flexibilizado essa alternativa. Já no caso do Judaísmo, do Islamismo e do Candomblé, a cremação geralmente não é aceita, uma vez que, seus seguidores acreditam que o retorno do corpo à terra completa o ciclo da vida.
“Ao longo dos anos, muitas crenças foram flexibilizando a cremação. Para se ter ideia, o Japão crema 98%, logo abaixo temos o Canadá, depois Estados Unidos, França e Inglaterra cremando entre 70% e 80%. A tendência é acompanharmos esse crescimento, com a informação e a desmistificação da cremação”, explica a arquiteta e urbanista Adriane Lupetti Mendes Marques, investidora e administradora do Memorial Jardim da Vida, situado na região do Alphaville e Tamboré.
Segundo a empresária, a cremação é alternativa também em relação aos terrenos, que estão cada vez mais escassos e muito caros perto das cidades, além de ser o método de menor impacto ambiental, de menor desgaste emocional e, muitas vezes, mais econômico. “A partir do momento que você tem um espaço diferente para conectar-se com os seus antepassados como o columbário ou uma árvore plantada com as cinzas, você perde o medo de cremar, porque você tem uma ponte, um lugar seja para orar ou para conversar”, avalia Adriane.
Empreendimento - Inaugurado em janeiro deste ano, o Memorial Jardim da Vida está a apenas 35 minutos do centro da cidade paulistana, em Santana de Parnaíba, e oferece inovação no que diz respeito ao serviço funerário. A começar pelo investimento, na ordem de 13 milhões de reais, por um grupo de 18 sócios-investidores.
A obra, que teve duração de um ano e três meses, possui 3.330 m² de área construída, quatro salas para cerimônias e um espaço meditativo. A arquitetura do local foi assinada pela própria Adriane Lupetti Mendes Marques. O local fornece toda a assessoria, desde documentação, traslado, cerimônia e cremação.
Um dos grandes diferenciais do espaço é o bosque destinado ao plantio de uma árvore nativa da Mata Atlântica juntamente com as cinzas em urnas biodegradáveis, que recebem QR Code, a fim de registrar as memórias e biografia.
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