O passo mais importante você já deu: tomar a decisão de ingressar numa carreira internacional. Depois que buscou oportunidades, caprichou no currículo e no perfil do LinkedIn em outro idioma e conseguiu atrair o interesse da empresa, é hora de se preparar para aquele que é considerado um dos maiores desafios pelos candidatos: a entrevista de emprego .

Domínio do idioma

Você precisa ter conhecimento suficiente para sustentar uma conversa no idioma do empregador. Salvo em carreiras técnicas como a saúde, por exemplo, conhecer termos específicos é desejável, mas não obrigatório. Porém, fique atento porque algumas empresas exigem prova de proficiência no idioma, independentemente do seu desempenho na entrevista.

Perguntas mais comuns

O recrutador vai pedir para que você fale sobre suas competências, experiência, expectativas e, principalmente, vai querer saber o motivo pelo qual você pretende trocar seu país por um estrangeiro. Aqui também entra o critério de profissões mais técnicas: se for este o caso, o recrutador fará perguntas para avaliar seu nível de conhecimento da área em que atua.

As empresas não veem com bons olhos candidatos que de saída deixam claro que têm intenção de usar a temporada no exterior como trampolim para a carreira no país natal. Então, evite deixar isso explícito se não for questionado. Por outro lado, mostrar que você tem planos de crescer na empresa, sabe aonde quer chegar na estrutura e como pretende fazê-lo conta pontos na entrevista. A dica é antecipar estes questionamentos e ensaiar as respostas em voz alta para se sentir preparado e confiante na frente do recrutador.

Formação vs. Experiência

Em profissões que exigem registro nos órgãos competentes, a formação tem mais peso. Essas informações já devem constar do seu currículo e perfil do LinkedIn, mas mesmo assim destacar o conceito da instituição de ensino em que você se formou e cursos de especialização e extensão. Ter experiência na área é importante, ainda mais em profissões menos técnicas, em que o que vai contar é sua vivência. Relate as atividades que já exerceu e o aprendizado adquirido com elas.

Cultura local

Raramente o recrutador fará perguntas para testar seu conhecimento sobre os costumes do país no qual você deseja trabalhar, mas quanto mais você souber, melhor. Isso é recomendável até para orientar seu comportamento durante a entrevista: em alguns casos, o entrevistador pode parecer excessivamente formal ou até rude, mas é só uma questão cultural. Conhecer a cultura local será mais importante quando você estiver vivendo naquele país, desde sua postura no ambiente de trabalho – como se dirigir aos colegas, como responder aos superiores – até na vida social – receber visitas em sua casa, por exemplo.

Dicas gerais

Com exceção dessas particularidades, as dicas para uma entrevista de recrutamento internacional são as mesmas de todas as outras:

• Esteja preparado para falar sobre você – seus hábitos, hobbies, aptidões – de forma positiva e objetiva;


• Fale sobre suas conquistas profissionais e destaque o que for mais relevante na sua formação acadêmica e especializações, empresas em que trabalhou, projetos de que participou, resultados alcançados;


• Mostre segurança e confiança nas respostas, mas sem parecer prepotente;


• Saiba avaliar o recrutador e se adaptar a ele para modular o tom das respostas: mais formais, mais descontraídas;


• Demonstre conhecimento sobre a empresa, seus valores, mercado em que atua, concorrentes, e como seu trabalho pode colaborar com ela;


• A maioria das entrevistas de recrutamento internacional acontece de forma virtual, então é essencial você cuidar para que esteja num ambiente silencioso e bem iluminado, com boa conexão de internet, câmera e fones testados com antecedência.

Agência de recrutamento

Se tudo der certo e você conquistar a vaga de emprego no exterior, vale lembrar que a intermediação de uma agência de recrutamento internacional facilita, e muito, o processo de transferência para o país estrangeiro, como obtenção de visto, registro nos órgãos competentes, prova de proficiência do idioma estrangeiro e outros detalhes que vão facilitar a vida do candidato nesta nova etapa de sua carreira.

Thomas Jay é CEO da Health Recruitment UK, agência de recrutamento especializada na busca de talentos para atuar em hospitais públicos e privados, asilos e organizações de saúde mental do Reino Unido, e County Councillor (equivalente a Deputado Estadual no Brasil) na Inglaterra. A empresa já recrutou centenas de especialistas para empresas, além de mais de 2.500 médicos estrangeiros para trabalharem no sistema público de saúde do Reino Unido.

Para mais informações acesse o site: www.interativadovale.com