Data folha e centrão em clima de campeonato mundial
24 Jun, 2022
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Datafolha e o ‘clima de Copa’ para o Centrão e aliados de Bolsonaro



  • Pesquisa sobre a sucessão presidencial será divulgada nesta quinta-feira

A nova pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial que será divulgada nesta quinta-feira, 23, provoca muita expectativa no meio político, principalmente porque o último levantamento do instituto, no final de maio, mostrou a até agora maior vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o presidente Jair Bolsonaro (PL), de 21 pontos (48% a 27%).


Mas há um contingente especial de políticos tensos à espera da nova sondagem: os aliados eleitorais do presidente, em especial o Centrão. A menos de um mês do início das convenções partidárias que vão formalizar as alianças nos estados e na eleição nacional (a partir de 20 de julho), há muitos políticos preocupados com a recente deterioração da imagem do presidente e seu governo.



Nos últimos dias, Bolsonaro sofreu desgastes com o novo aumento do preço dos combustíveis e com a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro em investigação sobre um suposto esquema de corrupção no MEC – um golpe duro para um governo que pensava em usar o fato de não ter grandes escândalos como um trunfo eleitoral.



Quando o último Datafolha apontou que Lula ampliava a dianteira, já houve um certo pânico entre membros ilustres do Centrão, como os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fábio Faria (Comunicações), ambos do PP, um dos principais partidos do Centrão – os outros são o PL de Bolsonaro e o Republicanos .

A principal estratégia à época foi tentar desacreditar o instituto e contrastar os resultados com as aglomerações provocadas pelo presidente em suas aparições públicas, que os bolsonaristas gostam de chamar de “Datapovo”.



A pesquisa Datafolha que será divulgada hoje ainda está sendo feita nas ruas, ou seja, vai medir ao menos parte do impacto da prisão de Milton Ribeiro e toda a consequência do aumento dos preços dos combustíveis.




Giro VEJA - quinta, 23 de junho


Os desdobramentos da crise do MEC, a resposta da campanha petista aos ataques de bolsonaristas e os novos planos do governo para o Auxílio Brasil são os destaques do dia


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O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, mandou soltar o ex-ministro Milton Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, além de outros dois suspeitos de participação num esquema de desvio de recursos do Ministério da Educação (MEC). 


A decisão ajudou a acalmar um pouco a crise, mas a temperatura ainda é alta no Palácio do Planalto. Desde ontem, o time do presidente Jair Bolsonaro age com o objetivo de intensificar os ataques ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na esperança de equilibrar um pouco a repercussão negativa do caso.

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