Mas há um contingente especial de políticos tensos à espera da nova sondagem: os aliados eleitorais do presidente, em especial o Centrão. A menos de um mês do início das convenções partidárias que vão formalizar as alianças nos estados e na eleição nacional (a partir de 20 de julho), há muitos políticos preocupados com a recente deterioração da imagem do presidente e seu governo.
Nos últimos dias, Bolsonaro sofreu desgastes com o novo aumento do preço dos combustíveis e com a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro em investigação sobre um suposto esquema de corrupção no MEC – um golpe duro para um governo que pensava em usar o fato de não ter grandes escândalos como um trunfo eleitoral.
Quando o último Datafolha apontou que Lula ampliava a dianteira, já houve um certo pânico entre membros ilustres do Centrão, como os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fábio Faria (Comunicações), ambos do PP, um dos principais partidos do Centrão – os outros são o PL de Bolsonaro e o Republicanos .
A pesquisa Datafolha que será divulgada hoje ainda está sendo feita nas ruas, ou seja, vai medir ao menos parte do impacto da prisão de Milton Ribeiro e toda a consequência do aumento dos preços dos combustíveis.