É a primeira vez que um cometa periódico em órbita próxima ao Sol foi visto se desintegrando assim — e isso pode explicar por que não há muitos corpos deste tipo no Sistema Solar .
Para melhor entender este processo, um grupo de astrônomos dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Taiwan e Macau (China) observaram o 323P/SOHO por alguns meses, com diversos telescópios, entre eles: Canada France Hawaii (CFHT, no Havaí), Gemini North (EUA), Lowell's Discovery (EUA), Subaru (Japão), e o Espacial Hubble.
A órbita do cometa não era muito definida, então os pesquisadores não sabiam exatamente onde procurá-lo. Mas o amplo campo de visão do Subaru funcionou como uma rede, permitindo que ele fosse encontrado quando se aproximava do Sol. Foi a primeira vez que este objeto foi capturado por um telescópio terrestre.
Com os novos dados, os astrônomos conseguiram restringir melhor a trajetória, e sabiam para onde apontar os outros telescópios. E ficaram esperando o cometa dar a volta e começar a se afastar do Sol novamente — o que nunca aconteceu. Assim, registraram o momento único de sua morte.
Mas o trabalho criou mais dúvidas do que respostas. Entre outras, descobriram que o 323P/SOHO gira em seu eixo muito rapidamente, levando cerca de meia hora por revolução, e que sua cor é diferente de qualquer outra coisa no Sistema Solar.