A Innospace, que planeja tornar os lançamentos de pequenos satélites de baixo custo mais acessíveis de vários locais ao redor do mundo, ainda está desenvolvendo seu foguete e o testará com um lançamento experimental de Alcântara, disse Moura em entrevista.
A start-up sul-coreana está desenvolvendo um foguete híbrido movido a combustível sólido e líquido e testará o veículo em um voo suborbital que transportará uma carga útil do sistema de navegação inercial para a Força Aérea Brasileira (FAB) que opera a base de Alcântara, a disse a agência brasileira.
A empresa norte-americana de foguetes Hyperion desistiu das negociações com o Brasil e a Innospace assumiu o lugar para se tornar a operadora da principal área de lançamento da base de Alcântara, comandada pela Força Aérea Brasileira (FAB).
A empresa aeroespacial canadense C6 Launch Systems Inc, que no ano passado obteve uma licença de operadora brasileira, planeja um lançamento de Alcântara em 2023, enquanto a Orion AST, com sede na Virgínia, que planeja lançamentos inicialmente destinados à coleta de lixo espacial, não fez nenhum progresso, disse Moura.
A Virgin Orbit do bilionário Richard Branson também obteve uma licença para operar no Brasil e usará a pista existente de 2,6 km de Alcântara para seu Boeing 747, Cosmic Girl, para decolar e lançar foguetes que colocam smallsats em órbita terrestre baixa.
Moura disse que as empresas menores de satélites estão tendo dificuldade em reservar lançamentos de sites existentes, com listas de espera de dois a três anos, então Alcantara pode se tornar uma alternativa.
Embora Elon Musk tenha visitado o Brasil recentemente, sua SpaceX não tem planos de investir em uma nova instalação como Alcântara e continuará trabalhando em sites existentes nos Estados Unidos, disse Moura.
Mas se o número de voos da SpaceX aumentar rapidamente e o governo dos EUA decidir construir uma instalação no norte do Brasil, isso pode mudar, disse ele.