Matheus Manente16 Jun.3 min
Cientistas descobrem variações na velocidade de rotação do núcleo terrestre que foram capazes, inclusive, de alterar a duração dos dias no planeta.
Acontece que o estudo, publicado na Science Advances, mostrou evidências de que o núcleo não é tão consistente assim. Ele oscila e, por vezes, até realiza a façanha incrível de mudar de direção.
Nossa compreensão do núcleo da Terra - uma bola quente e densa de ferro sólido do tamanho de Plutão - aumentou muito nos últimos 30 anos .
Utilizando dados provenientes do Large Aperture Seismic Array (LASA), uma instalação pertencente à Força Aérea dos EUA, os pesquisadores foram capazes de analisar ondas sísmicas geradas por testes nucleares soviéticos entre 1969 e 1974.
Através de uma técnica de formação de feixe desenvolvida por Vidale, um dos pesquisadores, as ondas de compressão resultantes das explosões nucleares indicaram que o núcleo interno do planeta seguia um ritmo mais lento que o previsto entre 1971 e 1974 e chegou a mudar de direção entre 1969 e 1971.
Há problemas, no entanto, para que os estudos continuem. O LASA fechou em 1978 e a era dos testes atômicos acabou, o que significa que, para avançar com o estudo, os pesquisadores precisarão confiar em dados de terremotos muito menos precisos, mesmo considerando os avanços recentes na instrumentação.
Ainda assim, o fato é que o núcleo interno do planeta não é fixo e oscila de tempos em tempos, e essa descoberta por si só já fornece uma teoria convincente que responde muitas questões que estavam em aberto na comunidade geofísica e geológica.
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