Tivemos muita sorte de descobrir uma cápsula do tempo, congelada no tempo, na qual os achados permaneceram onde foram deixados pelos ocupantes do sítio, disse o arqueólogo Amani Abu-Hamid, líder da escavação, em comunicado.
Apesar de os residentes do local não terem sido identificados, o grande número de pesos de tear encontrado sugere que os ocupantes provavelmente mantinham rebanhos de ovelhas ou cabras para exercer a tecelagem .
O GRANDE NÚMERO DE PESOS DE TEAR SUGERE QUE OS OCUPANTES PROVAVELMENTE MANTINHAM REBANHOS DE OVELHAS OU CABRAS. (FOTO: EMIL ALADJEM, ISRAEL ANTIQUITIES AUTHORITY)
Sabemos das fontes históricas que, nesse período, o reino Asmoneu se expandiu para a Galileia, e é possível que a fazenda tenha sido abandonada após esses eventos, disse Abu-Hamid.
A equipe encontrou ferramentas agrícolas, como picaretas e foices feitas de ferro, bem como moedas datadas da segunda metade do século II a.C.. As escavações também desenterraram vestígios de um assentamento muito anterior no local, incluindo as fundações de edifícios e vasos de cerâmica que parecem datar dos séculos 9 e 10 a.C.
De acordo com o jornal israelense The Times of Israel, os itens de cerâmica foram datados tanto de acordo com seu estilo, assim como pelo método de rastreio de carbono-14. A descoberta aconteceu durante as investigações para a construção de um oleoduto planejado de US$ 270 milhões da costa do Mediterrâneo. Os restos da fazenda agora serão preservados, segundo o site Live Science.
Redação: Interativa do Vale
Edição: Carlos Renner Prestes
Créditos: O Galileu