Bolsonaro sobe tom: “Eleições não têm resultado limpo” e “Quero todos armados”
20 May, 2022
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Discurso do presidente fica cada vez mais radical. Em ato em Maringá (PR), ele soltou o palavrório e adotou postura ainda mais golpista


A visita de Jair Bolsonaro a Maringá (PR) nesta quarta-feira (11) mostrou qual será o tom adotado pelo líder de extrema direita daqui para frente em sua campanha pela reeleição .

Com falas gritos cada vez mais raivosos radicais, o presidente atacou de maneira ainda mais direta o processo eleitoral brasileiro, afirmando que “todos sabem o que está em jogo, que seu governo não aceita provocações e que nós não temos eleições com resultados limpos”.


“Nós sabemos o que está em jogo. Todos sabem o que o governo federal defende: defende a paz, a democracia e a liberdade. Um governo que não aceita provocações, um governo que sabe da sua responsabilidade para com o seu povo. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas. Nós não tememos resultados de eleições limpos. Nós queremos eleições transparentes, com a grande maioria, ou diria a totalidade do seu povo”, discursou o político ideologicamente ultrarreacionário que diariamente tenta emparedar o Judiciário, numa escalada autoritária que parece não dar trégua.


Minutos depois, no mesmo pronunciamento, ocorrido no Parque de Exposições de Maringá, durante a feira Expoingá, Bolsonaro retomou um dos temas que mais gosta de usar para incitar a violência política no país: o armamento de civis. Ele instigou os “cidadãos de bem” a estarem cada vez mais armados para que “resistam a um ditador de plantão”, ainda que a alegação pareça um tremendo absurdo, já que o único candidato que tenta se perpetuar no poder e que pretende desrespeitar as urnas é ele próprio.


“Somente os ditadores temem o povo armado. Eu quero que todo cidadão de bem possua sua arma de fogo para resistir, se for o caso, à tentação de um ditador de plantão”, disse o extremista em suas frases incendiárias cheias de ódio.



 


Claramente sinalizando para a institucionalização de milícias paramilitares, o chefe do Executivo federal ainda sugeriu que seus bandos armados e ideologicamente entorpecidos possam se tornar uma espécie de “força auxiliar” das Forças Armadas do país em caso de "invasão".


“O Brasil tem uma área que é cobiçada por muitos países que é a região Amazônica. E para vocês, família brasileira, a arma de fogo é uma defesa da mesma e é um reforço para as nossa Forças Armadas porque o povo de bem armado jamais será escravizado”, afirmou o extremista de direita.


 

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