A visita de Jair Bolsonaro a Maringá (PR) nesta quarta-feira (11) mostrou qual será o tom adotado pelo líder de extrema direita daqui para frente em sua campanha pela reeleição .
“Nós sabemos o que está em jogo. Todos sabem o que o governo federal defende: defende a paz, a democracia e a liberdade. Um governo que não aceita provocações, um governo que sabe da sua responsabilidade para com o seu povo. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas. Nós não tememos resultados de eleições limpos. Nós queremos eleições transparentes, com a grande maioria, ou diria a totalidade do seu povo”, discursou o político ideologicamente ultrarreacionário que diariamente tenta emparedar o Judiciário, numa escalada autoritária que parece não dar trégua.
Minutos depois, no mesmo pronunciamento, ocorrido no Parque de Exposições de Maringá, durante a feira Expoingá, Bolsonaro retomou um dos temas que mais gosta de usar para incitar a violência política no país: o armamento de civis. Ele instigou os “cidadãos de bem” a estarem cada vez mais armados para que “resistam a um ditador de plantão”, ainda que a alegação pareça um tremendo absurdo, já que o único candidato que tenta se perpetuar no poder e que pretende desrespeitar as urnas é ele próprio.
“Somente os ditadores temem o povo armado. Eu quero que todo cidadão de bem possua sua arma de fogo para resistir, se for o caso, à tentação de um ditador de plantão”, disse o extremista em suas frases incendiárias e cheias de ódio.
Claramente sinalizando para a institucionalização de milícias paramilitares, o chefe do Executivo federal ainda sugeriu que seus bandos armados e ideologicamente entorpecidos possam se tornar uma espécie de “força auxiliar” das Forças Armadas do país em caso de "invasão".
“O Brasil tem uma área que é cobiçada por muitos países que é a região Amazônica. E para vocês, família brasileira, a arma de fogo é uma defesa da mesma e é um reforço para as nossa Forças Armadas porque o povo de bem armado jamais será escravizado”, afirmou o extremista de direita.